quinta-feira, 21 de julho de 2011

SENHORAS E SENHORES É FATO



Senhoras e senhores é fato:
um imenso asteróide colide com a terra
toda vez que o que era vida se encerra
E aí já não há compulsão, compaixão, digestão, vicissitude, virtude, vontade
Cansaço, pirraça, cachaça, retreta, boceta, beleza, bom dia, apatia, saudade
De câncer, de bala, de tédio, de tempo, de trauma, de dor, de amor, sem porquê
o fim é o mesmo pra mim pra você
e aí adianta de que ser branco, ser preto, cambota, cheirosa, avarento?
Afinado, viado, famoso, ser rico, ser bicho, ser planta?
De que adianta ser isso, aquilo, verdade, mentira, se na pausa ninguém respira e não dança?
Avança não para o caos, para o nada
Fosse para o caos e ‘quê isso?’
Evolução, revolução, rebuliço
Nunca apatia
Mas quem diria?
É na pausa que mora o tempo forte
Mania filha da puta de celebrarmos a morte como fosse a morte sagrada
Maçada
A morte é o nada
A morte é o nada, repito
Seja corpo, seja verbo, seja espírito
A morte é o nada, de novo
A morte é o ópio do povo
Portanto, em lugar do que é morto e que só existe porque a tudo intimida
Celebremos a vida!


Julliano Mendes