quinta-feira, 30 de junho de 2016

sexta-feira, 27 de março de 2015

DISCO NOVO: Primeiro passo!

Fim da fase I: embora o Galanga seja uma banda com 10 anos de atividade (contando a ação efetiva e subtraindo os anos que hibernou) e mesmo após alguns shows importantes em seu currículo - como o Coquetel Molotov 2012, O Festival de Garanhuns 2013 e o Novas Tendências 2013 - até agora a banda não tinha se dedicado a dialogar de maneira mais efetiva sua proposta estética com outros artistas que admirasse. Pois bem, na última semana a banda convidou o reconhecido guitarrista cariocAndré Sampaio para produzir seu novo disco, projeto viabilizado com recursos advindos do Catarse, campanha de financiamento coletivo, contando com o apoio direto de mais de 70 amigos, fãs e entusiastas da banda. O produtor convidou o baterista Mauricio Bongo para acompanhar a gravação do disco, amplificando as possibilidades do diálogo. 





Para o Galanga, este encontro não poderia ter sido mais lindo: enfurnados no Lab.áudio.napassagem durante quatro dias, os músicos se dedicaram ao repertório da banda de forma intensa, procurando extrair do Rock Afrogressivo do Galanga possibilidades ainda não experimentadas, buscando, sempre, a maior difusão de sua proposta artística, consolidando seu público, mas, também, tornando-o maior, porque o rock´n roll é popular! Seguem-se mixagem e masterização das faixas gravadas, processo saboroso de refazer e potencializar o som resultante desses dias de labor intenso. 



Cheios de felicidade, os integrantes da banda agradecem o axé repleto de mandinga de André e Maurício, aos mais de 70 colaboradores do projeto, à Macaca Filmes, pela parceria constante, ao Matheus Ferro pelo trampo, á Pousada dos Ofícios por receber nossos convidados com o melhor café da manhã da região, à Fernanda Tropia, pela dedicação irrestrita ao projeto Galanga (e a seu vocalista, em especial), aos restaurantes O Sótão, Casa do Ouvidor e o Passo, pelas cortesias, à Fernanda Bento, pela acolhida dos shows no Vale dos Contos, a EricaVentos (Creidoca) e Lia, pelo amor e pela parceria e à cada um de nossos amigos. Este foi só o começo. O disco será um marco em nossa história, porque foi feito com muito suor, ritmo e força, muita força. "Ouro Preto na cabeça / Samba no pé!"  






terça-feira, 12 de novembro de 2013

GALANGA NO NOVAS TENDÊNCIAS 2013


Dia 01 de dezembro o Galanga desembarca em Uberaba, cidade dos Zacharias da banda, Edson e Renato, quase dupla das terras do boi zebu. Muita expectativa e força (muita força, muita força) e a viagem segue. Forte!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

CARAVALANGA




ZÉ PEREIRA DA PESADA






Gustavo Patrocínio e Sancho, a partir de ritmo do Zé Pereira dos Lacaios

Corre para o colo da mulata
lá vem o Brasil, subindo a ladeira
forma essa cara miscigenada
Senhora do Rosário, viva a Padroeira
 terra de chico rei e do congado
ê Chico Rei, quanto ouro eu achei
ê Chico Rei, quanto escravo alforriei
 lá vem o Brasil, sudindo a ladeira
samba de roda, maracatu, gexá
puxada de rede, zumbi, capoeira
villa lobos, caipira, caipora
pira, pira, pirou o caipora

manuel chama o saci
uiva a iara
nos aguaçais dos igapós
dos japurás e dos purus
mãos fortes
cultura que não desbota
muita força

o catitão batendo a cabeça nas sacadas
cercando a baiana que sai de barrigada
ele quer a pretinha
lá vem o mulato
lá vem o Brasil subindo a ladeira

Zé Pereira
Da pesada!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

GALANGA NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS



GALANGA NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS

Terça-feira, 23/07

Palco Pop
18h – Ex-Exus
19h10 – Galanga (MG)
20h30 – Isca de Polícia com Arrigo Barnabé e Anelis Assumpção (SP)
Intervalos e Encerramento – DJ Vinicius Leso Nunes Tremendão!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AS VIAGENS DO GALANGA

Seguem alguns registros de viagens que o Galanga realizou nos últimos anos. Prac´t prac!


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

FESTIVAL PEPITA DE ARTES INTEGRADAS



É com muito orgulho que o Galanga integra a programação de lançamento do Festival Pepita, evento de artes integradas que coroa um ano de intensa atividade artística e cultural na cidade de Ouro Preto. A chegada do projeto Vale dos Contos, que turbinou os fins de semana da cidade patrimônio cultural com cultura contemporânea e diversificada, a chegada do MiMo, evento de música instrumental de primeiro mundo e, agora, o lançamento do Pepita (e há novidades ainda em planejamento que prometem ratificar esse novo momento) - tudo isso renova a tradição artístico-cultural da cidade. Novo outro que se anuncia. Meus amigos, meus inimigos: renovemos Ouro Preto!!!

domingo, 21 de outubro de 2012

SAMBA QUE ONDULA


“No batuque, o dançarino percorre a roda em passos cadenciados, pousando os pés com cautela um adiante do outro, os cotovelos para trás, a cabeça baixa, o  tórax reentrante, os joelhos um pouco curvos – com o ar de quem prepara o golpe  fatal, calculado e definitivo. Por duas vezes ameaça o parceiro, prevenindo-o, assim, de que é a pessoa escolhida. À terceira, prostra-o, por meio de um dos inúmeros golpes que conhece, cada um de resultado especial.“ (MEIRELES, 2003:60)

“No brinquedo também está de certo modo compreendido o samba – que é, naturalmente, sobrevivência de ritual de casamento, dado o ar contidamente erótico que conserva. Como o batuque, é uma dança ímpar, executada no meio de uma roda, que igualmente canta, bate palmas e toca tambores, pandeiros, cuícas, caixinhas e chocalhos.(...) No samba, o dançarino fica no meio da roda, acompanhando a música com uma ondulação característica de todo o corpo e, em especial, das ancas e do ventre, com expressões muito harmoniosas de braços, em gestos ora um tanto exaltados, ora de uma grande suavidade. Por fim, aproxima-se de um dos parceiros, diante do qual desenvolve com mais expressão todos os seus jogos rítmicos, num dos quais, o parafuso, o corpo, como acompanhando uma hélice interior, vai-se reduzindo, pouco a pouco, em altura, até deixar o dançarino quase sentado no chão; em seguida, desenrola-se até a altura comum, sem nunca perder nem interromper o ritmo da música.” (MEIRELES, 2003:58-62)

MEIRELES, Cecília. Batuque, samba e macumba: estudos de gesto e de ritmo, 1926-1934, São Paulo: Martins Fontes, 2003.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

TUDO MUDOU

Photo: Fora do Eixo


Sem dúvida nenhuma, o show do Galanga em Recife já entrou pra história da banda, foi realmente ducaralho como diria o vocalista Juliano Mendes. Otérica Adonis marca uma nova história, como diriam também os amigos do Seu Juvenal. A energia do lugar, as pessoas do lugar, o lugar...enfim.
Assistir Morais Moreira tocar o Acabou Chorare inteiro e vários outros clássicos dos Novos Baianos foi dem
ais. Assistir ao show do Siba, músico pernambucano que já ouço há muito tempo, e ainda ter uma participação de Fernando Catatau também foi inesquecível.
Organização nota 1000...Obrigado Aline Miranda, obrigado No Ar Coquetel Molotov, Minas tem muito o que aprender com vocês. O Galanga já está sentindo falta e quer voltar.
 
Sancho Galanga

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

1. AI MEU DEUS DO CÉU

Photo: Bárbara Castro

AI MEU DEUS DO CÉU
Sancho

Joga fora essa cintura de mola
vamos sair dessa candura, senhora
se você diz que é isso aí, é isso aqui, o quê que tem, o quê que há
sai daqui, deixa pra lá

Já faz tempo essa conversa de fazer, de praticar,
meu deus do céu parece unguento, eu não aguento,
essa pimenta, cheiro verde o que é que dá?

Mas peraí: se tudo se transforma então porque que eu vou criar?

É rock afrogressivo, mangue beat, Chá-chá-chá
É rock afrogressivo, mangue beat, Chá-chá-chá
É rock afrogressivo, mangue beat, Chá-chá-chá
É rock afrogressivo

É rock afrogressivo, mangue beat, Chá-chá-chá
É rock afrogressivo, mangue beat, Chá-chá-chá
É rock afrogressivo, mangue beat, Chá-chá-chá
O quê que tem, o quê que tem, o quê que tem, o quê que há?
sai daqui, deixa pra lá


2. ROCK AFROGRESSIVO

Photo: Sara Magnabosco



ROCK AFROGRESSIVO
Julliano Mendes, Sancho

Rock’afrogressivo
Som galangaláctipercussivo
Sambalança ven’tribo de Jah
Tupini’cas’ataba’camará

Batacatum batacauê batacalata
E percpan
Bate tambô nagô ca filha de iansâ
Parapamplona
Parangolé
Baticutum baticutum colé qui é?

Paragundum pé de moleque tum
Paragundum pé de moleque tum
Paragundum pé de moleque tum
Paragundum pé de moleque vai!

Practiprac tipractum bataque
Tilactipum baractipac qüêênn
Djul’bap bip bop bip bap’djul
Tilactipum baractipac qüêênn

Corpo’pulsa
Impulsiona passa
Dança
Cavacaterra
Vibra
Levanta poeira sobe vai sujá sapato branco
Menina que não dança vai sobrá ficá titia
No tempo de minha vó minha bisavó já me dizia

Toma limonada pra gagá de madrugá
Toma leite azedo pra gagá de manhã cê (2X)

Em terra de caolho olho sadio é disfunção
À sombra da caverna preconceito corrosão
De gente que se julga paladino da moral
Mas tem teto de vidro fruta podre no quintal

Não comunica se’strumbica, um na mão, olha a batida
Cabeça, documento, fecha a porta na saída
Cadeia ao cidadão, formação do marginal
Escola ao cidadão, bota mais água no mingau

Escuta aí
Vou lhe dizê
Baticutum baticutum paranauê
Parapamplona
Parangolé
Baticutum baticutum colé qui é?

Paragundum pé de moleque tum
Paragundum pé de moleque tum
Paragundum pé de moleque tum
Paragundum pé de moleque

Tudo é som
Pulso, impulso
Vibração de ar
Dançar
É responder à natureza:
Sim!

3. GUERRILHA CULTURAL

Photo: Nilmar Laje


GUERRILHA CULTURAL
Zacca, Gustavo Patrocínio


De tempos em tempos a guerra faz da história
Amontoados de estilhaços
Lembra Zumbi
Lutou até morrer
Lutou pra libertar
Bimba, reagge, Che
Mão menininha do Gantois

Por sobre o aço
Sobre a linha de Ogum
Por sobre a sangue
Por sobre a terra
Por sobre a cruz Jesus

Sem medo e sem apelo
E artista e guerrilheiro
Encara de frente chama para a dança
Valha-me Xangô
Acenda luzindo
Bico de boca de fuzil

Eu sou da guerrilha do samba (guerrilha do samba, batucada de bamba)
Eu sou da batucada de bamba
Eu venho lá do morro
Eu sou do terreiro
Eu sou da guerrilha do samba

4. ZÉ PEREIRA DA PESADA


ZÉ PEREIRA DA PESADA
Gustavo Patrocínio

Corre para o colo da mulata
lá vem o Brasil, subindo a ladeira
forma essa cara miscigenada
Senhora do Rosário, viva a Padroeira
 terra de chico rei e do congado
ê Chico Rei, quanto ouro eu achei
ê Chico Rei, quanto escravo alforriei
 lá vem o Brasil, sudindo a ladeira
samba de roda, maracatu, Igexá
puxada de rede, zumbi, capoeira
Villa lobos, caipira, caipora
pira, pira, pirou o caipora

Manuel chama o saci
uiva a iara
nos aguaçais dos igapós
dos japurás e dos purus
mãos fortes
cultura que não desbota
muita força

o catitão batendo a cabeça nas sacadas
cercando a baiana que sai de barrigada
ele quer a pretinha
lá vem o mulato
lá vem o Brasil subindo a ladeira

Zé Pereira
Da pesada!