sábado, 18 de junho de 2011

GALANGA NA OBRA, II

Festival Fora do Eixo termina nesse fim de semana, mas abre portas para a cena independente   

 
Texto por Pedro Leone
Fotos por Pedro Gontijo
Na última quarta-feira, duas bandas subiram, pela primeira vez, ao palco d’A Obra. Primeiro o pessoal do Galanga, banda de Ouro Preto que volta a se apresentar ao público depois de três anos parada, seguida por Luan Nobat, que inicia sua carreira solo e já está com um disco engatilhado para agosto, intitulado “Disco Arranhado”.
Era mais um dos eventos que compõem o Festival Fora do Eixo, organizado em Belo Horizonte pelo Coletivo Pegada e que segue a programação nacional do Circuito Fora do Eixo. Uma noite divertidíssima que permitiu conhecer duas bandas de imenso potencial e também conversar com o pessoal do Pegada, que desde 2008 trabalham firme e crescentemente na organização e estruturação das produções culturais independentes de BH.
Um papo breve já mostra que, além da simpatia escancarada do Flavio Charchar e do Matheus Mendes, que nos receberam muito bem, é nítido o amadurecimento do coletivo, que em três anos conquistou espaço cativo na cena cultural da cidade. Hoje, além de promover festivais de bandas independentes, seguindo a linha do Fora do Eixo, mostra serviço em várias outras áreas, ocupando diversos espaços da cidade. Artes plásticas, letras, vídeo, fotografias, design, todos têm seu espaço. É o que diz Charchar, que lamenta não terem conseguido inserir o teatro nessa edição do Festival, mas garante que terão lugar nos próximos eventos.
As artes cênicas, no entanto, não foram exatamente deixadas de lado na noite da última quarta-feira. É que o vocalista da banda Galanga, Julliano Mendes, é capaz de cantar, dançar, atuar e surtar no palco, tudo ao mesmo tempo. As performances do músico já renderam comparações com grupos como Nação Zumbi ou Cordel do Fogo Encantado, mas quando se fala de som, é notória a diferença, partindo para um estilo único, definido pela própria banda como Afrogressivo, superando suas origens na música negra e ouropretana e incorporando elementos clássicos do rock. Fiquem de olho nesse grupo, que volta a fazer shows com gás total e um som de excelente qualidade.


Fonte: www.tinocultural.wordpress.com

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