Rock Afrogressivo. É assim que o grupo Galanga,
de Ouro Preto, se define. E basta assistir a alguns vídeos desses caras
em atividade para entender porquê. O trabalho da banda parece ter
surgido da mistura de poesia, performance, um pouco de video-arte e
muito rock’n’roll. Tudo isso jogado dentro de um caldeirão borbulhante,
temperado com aquele suíngue mineiro-nordestino que muitos tentam, mas
poucos conseguem alcançar. Se eles já não tivessem se definido tão bem,
eu mesmo o faria. E os classificaria, talvez, como uma banda de
Psicongado Lisérgico. Ou, ainda, Street Maculelê Regional. Mas vou
deixar esse exercício de rotulação a cargo do leitor. O que vale, no fim
das contas, é a autenticidade. E isso a banda tem de sobra.
Para chegar a esse resultado as influências são as mais diversas. Vão de Sonic Youth a Tom Zé, passando por Nação Zumbi, Mutantes, Secos e Molhados e, podem acreditar, Villa Lobos! Esses caras gostam mesmo de misturar (para os engraçadinhos de plantão, me refiro à mistura de substâncias sonoras, ok?). E é bom ficar atento porque o primeiro disco desse quinteto já está em fase de mixagem. Sinal de que 2012 vai ser mais um ano bons lançamentos.
O grupo já recebeu elogios de personalidades
importantes, como o diretor de cinema Cacá Diegues, após a abertura do
show do Cordel do Fogo Encantado em Ouro Preto, no ano de 2007. Em 2011,
foram aprovados pelo Edital de Circulação Estadual do Programa Música
Minas e tocaram em importantes festivais do CMFI. Agora se preparam para
continuar circulando pelo país após o lançamento oficial do primeiro
álbum.
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